25 de abril de 2011

Para ler: A Pirâmide Vermelha





“Mágicos evitam produtos de animais,” Bast disse distraída. “Pelo, couro, lã, qualquer coisa assim. A aura de vida residual pode interferir com feitiços.” “Minhas botas parecem bem,” Sadie notou. “Couro,” Bast disse com repugnância. “Você pode ter uma maior tolerância, então um pouco de couro não vai atrapalhar sua magia. Eu não sei. Mas roupas de linho são sempre melhores, ou algodão — material vegetal. De qualquer modo, Sadie, parece que estamos livres no momento. Há uma janela de tempo favorável começando agora, às onze e meia, mas não vai durar muito. Comece.” Sadie pestanejou. “Eu? Por que eu? Você é a deusa!” “Eu não sou boa com portais,” Bast disse. “Gatos são protetores. Basta você controlar suas emoções. Pânico ou medo matam um encanto. Precisamos sair daqui antes que Set convoque os outros deuses para a sua causa.” Franzi o cenho. “Você quer dizer que Set tem, tipo, outros deuses do mal na discagem rápida?”
Rick Riordan – A Pirâmide Vermelha

Após devorar toda a coleção de Percy Jackson, incluindo The Lost Hero e enquanto aguardava a chegada de Big Red Tequila, parti para a segunda série mitológica de Rick Riordan, agora mergulhando fundo no mundo egípcio.

Aqui acompanhamos os irmãos Kane – Carter e Sadie – que descobrem serem descendentes de faraós magos e que também servem como invólucros ou avatares para deuses: presentemente, Hórus e Ísis estão pegando uma carona em suas cabeças. O pai deles explodiu a Pedra de Rosetta e desapareceu misteriosamente, aprisionado pelo mui simpático deus Set, que agora planeja (surpresa, surpresa) conquistar o mundo.

E aí começa uma corrida contra o tempo para salvar o mundo e descobrir o que aconteceu com o pai deles, tudo isso com o auxílio de uma gata que abriga o espírito da deusa Bastet, um babuíno fascinado por basquete e um bocado de teletransporte – não contando o fato de que todos os outros magos da Casa da Vida querem a cabeça dos dois.

Se eu tivesse lido A Pirâmide Vermelha antes de Percy Jackson, diria que esse livro é excelente. Mas, como já tive um primeiro contato com Riordan, não posso deixar de observar que essa segunda série parece ser mais do mesmo.

Nas cenas dos próximos capítulos, só precisamos do panteão nórdico para a sopa estar completa.

Contudo, pensando em Pirâmide Vermelha como um complemento aos livros de Percy, consigo não me decepcionar. Pelo contrário: minha teoria secreta é que o caos causado por Cronos refletiu-sena confusão do panteão egípcio. Uma vez que a idéia de Riordan é que esses deuses – greco-romanos e egípcios até agora – são personificações da idéia de Civilização Ocidental, os dois panteões estão interligados e o que acontece em um afeta o outro.

Se ele conseguir desenvolver esse cruzamento mitológico sem se enroscar no caminho e ainda tascar um Odin no meio, vou montar um altar para ele na minha estante. É esperar para ver. Até lá, Pirâmide Vermelha é um livro até legal... mas não esperem se surpreender, ok?



A Coruja


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2 comentários:

  1. hey.. resenha legal.... deve mesmp ter a mesma essencia de percy... bah queria que não escrevessem nada da mitologia nordica pois sou tão fã que um dia gostaria escrever uma historia sobre os nordicos, mas fazer o que neh... parece que a onda esse anos será voltada para os deuses... XD

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  2. poxa, e eu tava doida pra ler esse (por motivos obvios a vc... >.<). td bem, vou tentar do msm jeito... cedo ou tarde. XP
    Swordspoint eh meu atual. :D (vou tentar ler essa semana dp q der baixa em tds os documentos da uni e do Coruja)

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