30 de março de 2011

Conversas sobre o tempo: já te contei aquela história?

Como tem um bocado de gente me perguntando sobre o Clube do Livro de que volta e meia falo aqui, vou começar hoje explicando por alto do que se trata.

Em junho do ano passado, a Dynha e a Belle estavam na Bienal de Minas e tiveram a idéia de criar um clube do livro que reunisse nosso grupo de amigos dos tempos do Fanfiction.net.


Vejam, lá pelos idos de 2004, éramos todas ficwriters e formamos um grupo conhecido como “As Perversas” espalhado por todo o território brasileiro. De lá pra cá, a gente viajou de um lado para o outro e hoje, muitas de nós nos conhecemos pessoalmente, trocamos e-mails, cartas, telefonemas, etc.

Em todo caso... Dynha e Belle tiveram a idéia de criar um clube de leitura e jogaram a idéia para mim, que duas semanas depois tinha criado um fórum, estabelecido um ‘regulamento’ e começado os trabalhos.

Todo mês estabelecemos um tema, indicamos livros naquele tema, votamos um livro e no mês seguinte a gente lê e discute o volume escolhido.

O Clube não é aberto. Ficou estabelecido desde o princípio que só poderiam entrar novos membros por indicação de alguém que já estivesse lá dentro, dentro de um certo número de vagas. Fizemos dessa forma porque, primeiro, um grupo menor de pessoas consegue debater as coisas de forma mais profunda e sem bagunça e segundo, porque todo mundo no Clube é íntimo de pelo menos um outro membro, de forma que nossas discussões são sempre bem livres, pulamos de assunto em assunto e quando menos esperamos, estamos fazendo até terapia em grupo.

Por todos esses motivos, não há como abrir inscrições para todo mundo. Em vez disso, eu trago pra cá o conteúdo das discussões em resenhas, como o fazem também outros da turma, como a Dynha, a Gabi e a Tayla. É só vocês olharem ali na parte dos ninhos amigos e vizinhos para acompanhá-las. E, claro, vocês sempre podem fazer parte dos debates através dos comentários.


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Poucas coisas me deixam mais sem graça que estar eu a contar uma história, toda empolgada e, de repente, ouvir do meu caro interlocutor que já ouviu aquela história antes.

Isso tem acontecido com alarmante freqüência, até com gente que simplesmente acabo de conhecer ou com quem não converso há tempos. Dia desses, antes de sair à procura de um neurologista ara ver se tinha algo de errado com meus miolos, perguntei a uma dessas pessoas quando eu tinha contado a tal história.

Resposta: “li no seu blog”.

Então tá, né? Começarei conversas de agora em diante perguntando “você leu o Coruja?” para então saber o que posso falar sem ficar me repetindo feito papagaio...


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Estou numa fase de ouvir trilhas sonoras de filmes da Disney. Digam o que quiserem os detratores do estúdio do Mickey: algumas das melhores canções originais de filmes são deles.

Isso me deixa, claro, um tanto nostálgica – o que explica porque tenho saído com citações de Mulan a torto e direito e respondo com provérbios de Timão e Pumba a alguns diálogos.

Lá pelas tantas, juntei à lista temas dos filmes do Estúdio Ghibli, de forma que pulo direto de Hakuna Matata para a suíte de Mononoke Hime.

Neste momento, por exemplo, escuto o tema de Totoro. Ah, Totoro é tão liiiiiiiiiindo!!!!! Quero um Totoro pra mim!!!!


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O grande problema de enfiar fones no ouvido para sair à rua é que a qualquer momento você pode se pegar saltitando ou valsando no meio de uma calçada cheia de gente.

Sem brincadeiras, nos últimos dias mais de uma vez me peguei no ato de começar a rodopiar. Isso em plena Av. Conde da Boa Vista.

Qualquer horas dessas, quando eu for perceber, já estou dançando e cantando no meio da rua feito uma completa maluca.

Se eu sumir, já sabem que foi porque não resisti e acabei internada e usando uma camisa de força, ok?


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O problema de ter uma família toda na área de saúde é que todos os dias você é diagnosticado (e medicado) com algo novo.

Semana passada, D. Mãe decidiu que como eu não me dava bem com remédios que fazem abrir o apetite (eles têm o efeito contrário em mim, porque me deixam nauseada), ela ia me dar complexo B.

Complexo B, de acordo com ela, entra em todas as reações metabólicas, acelerando alguma coisa o que no final causa fome.

Assim, mamãe procedeu a me enfiar goela abaixo doses cavalares de complexo B.

Faz dois dias que eu acordo de três da manhã para assaltar a geladeira...


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Entrei em um novo projeto (outro?). Felizmente, esse tem prazo final para 2013 – claro, se o mundo não acabar ano que vem (não ficarei muito esperançosa; da última vez foi uma baita decepção...).

Do que se trata o projeto? Desculpe, é surpresa. Vocês saberão quando estiver pronto.


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Saiu uma matéria no jornal essa semana que comprova o que eu sempre disse sobre andar de ônibus no Recife: a temperatura neles é até 12ºC mais alta que do lado de fora – aí você considera que do lado de fora faz, normalmente, uns 35ºC, 36ºC (em dias frescos) e faz as contas.

Desculpa aí, Dante, mas o Inferno é aqui.


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Meu arquivo de imagens no computador é cheio de coisas curiosas – ilustrações e fotos que colecionei ao longo dos anos que servem para montar layouts, capas, convites, apresentações de trabalhos, marcadores de livros e, de uma forma geral, inspiração para personagens e situações.

Obviamente, a maior pasta desse arquivo é aquela que contém imagens de corujas (alguma surpresa?). Em seguida, é a pasta de imagens de relógios de bolso. Seguida da pasta de castelos/fortalezas.

O que isso diz sobre Lulu?


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Em uma semana estarei em São Paulo. Digam-me, na terra da garoa tem feito tanto calor quanto aqui? Por favor, que assim não seja – já tô desidratando de tanta quentura...


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Dia desses tirei uma folga para assistir filmes que estavam por aqui esperando para entrar em cartaz.

Comecei por Rocky Horror Show que, a despeito de ter esquecido de gravar a legenda, acompanhei cantando música por música. A ele segui para o musical Sete Noivas para Sete Irmãos.

Olha, eu achei que depois de Sweet Transvestite, não podia dar de cara com nada mais bizarro. Mas eu estava enganada, obviamente. Sete Noivas para Sete Irmãos é tão ruim, tão ruim, que é bom. É tipo, o primo pobre de A Noviça Rebelde. Considerando os cenários pintados em tela, acho que o estúdio estava com um sério problema financeiro.

E cara, que roteiro totalmente louco! Quer dizer, o cara desce de sua fazenda nas montanhas para fazer compras de seis em seis meses e numa dessas visitas decide que vai arranjar esposa. Primeiro ele tenta comprar uma esposa no balcão da vendinha em que faz seus negócios. Depois sai pela cidade procurando pela mulher perfeita para cozinhar, limpar, costurar e colocar seus seis irmãos mais novos (nomeados alfabeticamente) na linha.

E tipo... ele encontra uma doida suficiente para casar com ele após o grande total de 15 minutos de filme e dois diálogos.

“E então, você casa comigo?”

“Eu ainda não terminei minhas tarefas.”

“Ah, então eu vou ir procurar o pastor.”

E os irmãos... bom deus, que cambada de povo doido!

Rolei de rir. Muito bom! Precisava disso...


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Última nota antes de me despedir por hoje. Vocês já viram que dia 17 de abril teremos o II Encontro Regional do JASBRA aqui no Recife? Para quem estiver pela cidade... participem! Temos um monte de coisas planejadas para o encontro.



O encontro vai começar com a exibição do filme Razão e Sensibilidade, passando depois para o debate do livro, alguns sorteios e para encerrar teremos o coelho secreto. Todos podem participar, contanto que levem seu ovo de chocolate número 15 - o sorteio será feito na hora.



A Coruja


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Um comentário:

  1. De tanto ouvir falar nesse Jasbra, um dia eu baixo em Recife só pra ver o que se passa...

    XD

    Um comentário sobre a história de Sete Noivas para sete irmãos (que eu nunca nem tinha ouvido falar, mas vou procurar conferir) o comecinho da história, pelo menos a maneira como vc colocou, não te lembra um pouco a história do barba Azul??

    Se sim, ou se não, vai uma sugestão: Que tal uma série sobre histórias de personagens que são citados por aí mas que pouca gente realmente tem idéia de quem são? XD

    bjks e boa sorte com os projetos todos, Lulu!

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