28 de maio de 2010

Na sua estante: eu não gosto dela





#016: Eu não gosto dela
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26 de maio de 2010

Programa oficial JASBRA 2010


Isso! O programa oficial do evento saiu. E, antes que eu me esqueça - acho que ainda não tinha dito... - vou falar num dos painéis do evento. Esse, aliás, é um dos motivos das atualizações desse mês estarem tão poucas - eu estive ocupada pesquisando para poder fazer minha apresentação.



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24 de maio de 2010

Desafio Nacional


E já que estamos tratando hoje de ficção nacional...



"O Desafio Nacional é uma iniciativa que visa promover e divulgar a literatura brasileira.
Aqui será o lugar para promover a literatura nacional de um modo geral, todos os livros publicados (ou que estão em busca para serem publicados), autores novos ou consagrados e o melhor, todas as opiniões da blogosfera literária de peso com suas resenhas."

(INFORMAÇÕES by Andréa Bittencourt)

"A intenção do blog é divulgar os autores nacionais que publicaram seus livros ou estão em via de publicá-los, para isso não basta criarem a postagem sobre o projeto."

(O Coração do Desafio by Bianca Briones)


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Revista Digital a FANTÁSTICA : falando da ficção nacional


Estava eu às voltas com organizar o novissimo projeto em que me meti - porque, é claro, eu nunca acho que o que estou fazendo é o suficiente e sempre me meto em mais alguma enrascada - quando vi um um recado misterioso que tinham deixado no meu mural do skoob, cheio de links, falando sobre uma revista de literatura fantástica.

Eu acho que todo mundo aqui já deve saber que sou uma absoluta fã de ficção fantástica - aliás, esse é, justamente, meu tema favorito - então, curiosa como sou, é claro, óbvio e ululante que fui descobrir do que se tratava.

E tive uma grata surpresa.


Arquivado em

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21 de maio de 2010

Na sua estante: A Boneca





#015: A Boneca
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19 de maio de 2010

Para ler: O trono de jade

"Esta é a disciplina do Corpo, eu entendo," Barham começou: mesquinho e ofensivo, uma vez que sua vida provavelmente acabara de ser salva pela desobediência. Ele mesmo pode percebê-lo, e tornou-se ainda mais furioso. "Bem, não será assim comigo, Laurence, nem por um instante; eu o verei quebrado por isso. Sargento, prenda-o-"

O final da sentença foi inaudível; Barham estava esmorecendo, tornando-se menor, sua boca vermelha gritante abrindo e fechando como um peixe sem fôlego, as palavras tornando-se indistintas enquanto o chão sumia sob os pés de Laurence.
Como vocês já devem saber, às vésperas do dia das mães, eu fui ao centro para procurar o presente da senhora D. Mãe e, depois de bater perna para cima e para baixo, fui parar na Livraria Cultura, saí empilhando livros debaixo do braço e por puro e mero acaso, descobri O dragão de sua majestade. Mal terminei de ler o primeiro volume, descobri que era uma série e fui atrás de saber como arranjar os seguintes. Como eles não estavam disponíveis em português e sou uma pessoa muito impaciente, encomendei tudo em inglês pela Cultura.


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Conversas sobre o tempo: Oh céus, oh vida, tudo eu, tudo eu...

Eu já ouvi de umas duas ou três pessoas que um um mês antes do seu aniversário, você entra numa maré de inferno astral, para tudo melhorar magicamente no dito dia.

Aparentemente, os astros, ou o que quer que interfira nessa hipótese, confundiram minha data de nascimento e resolveram trazer meu inferno astral mais cedo esse ano.

Só isso explica o fato de eu estar com uma pilha de papel até o pescoço. Não, não é brincadeira ou exagero meu. Há uma pilha de papel ao lado da minha cadeira e, estando eu sentada, ela chega até a altura do meu pescoço.

Eu estou contando os dias para que esse mês acabe...



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14 de maio de 2010

Na sua estante: Isso pode ser contagioso (ou a função metalingüística do texto)





#014: Isso pode ser contagioso (ou a função metalingüística do texto)
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13 de maio de 2010

Se vis pacem, para bellum


Odeio. Não me pergunte o que odeio
há mundos de mutismo entre os homens
há o céu frágil sobre o abismo, e o desprezo dos mortos.
Há palavras que se chocam
Lábios sem rosto perjurando nas trevas
E o ar prostituído na mentira,
e a Voz que polui até o segredo d'alma
mas há
o fogo ardente, a irada sede de ser livre
há os milhões de surdos de dentes cerrados
há o sangue que mal começa a correr
há o ódio e é o bastante para esperar


(Pierre Emmanuel com o pseudônimo Jean Amyot)

A Coruja


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11 de maio de 2010

Se eu sobreviver até o final de maio (ou lista de coisas a fazer)


Talvez vocês estejam se perguntando o porquê das atualizações tão esporádicas no Coruja... Ou talvez não tenham percebido tal falta, quem saberá? O certo é que eu nunca acho o suficiente o que tem no meu prato e feito vira-lata, vivo procurando mais sarna para me coçar.

Assim é que tenho inúmeros projetos (todos em listas) para colocar para frente e, por isso, o tempo anda me faltando, uma vez que tenho concentrado esforços em dar conta deles.

Minha lista mais imediata é a seguinte:


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8 de maio de 2010

Para ler: O dragão de sua majestade

- Peço perdão, não o fiz de propósito. Meu nome é Will Laurence; qual é o seu?

Nenhuma disciplina poderia ter evitado o murmúrio de choque que atravessou o convés. O dragonete não pareceu percebê-lo, mas pensou na pergunta por vários momentos, e finalmente disse, com ar insatisfeito.

- Eu não tenho um nome.

Laurence tinha folheado os livros de Pollit o suficiente para saber como deveria responder. Ele perguntou, formalmente:

- Eu poderia lhe dar um?

A criatura, revelando uma voz definitivamente masculina, examinou o capitão novamente, fazendo uma pausa para coçar um ponto aparentemente imaculado nas costas, e então disse com indiferença nada convincente.

- Por favor.

E então Laurence teve um branco completo. Ele não havia realmente pensado no processo de arreiamento, além de decidir que faria seu melhor para garantir que isso acontecesse, e não fazia idéia de qual seria um nome apropriado a um dragão. Depois de um momento terrível de pânico, sua mente, de alguma forma, conectou dragão e navio, e o capitão deixou escapar:

- Temeraire – pensando no nobre e grande navio de guerra que vira ser batizado, muitos anos atrás, com o mesmo movimento elegante de deslizamento.
De todas as criaturas mitológicas que conheço, o dragão sempre foi o meu favorito. É interessante que, no Ocidente, ele seja usualmente relacionado ao demônio e ao Inferno (leiam o apocalipse e entenderão...), que parece encará-lo como um primo super-crescido da serpente que tentou Eva. Nisso, prefiro a mitologia oriental, que o compreende como a criatura mais nobre de todas.


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7 de maio de 2010

Na sua estante: A trilha sonora da minha vida





#013: A trilha sonora da minha vida
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4 de maio de 2010

Um ano...




Exatamente um ano atrás eu estava no meio de uma aula de Filosofia do Direito. Meu professor costumava temperar suas elucubrações com longas pausas, quando seu olhar então se perdia em algum ponto indefinido da parede dos fundos da sala.

Alguns minutos se passavam em (quase) total silêncio, até que ele soltava um grande suspiro, e, como se a parede tivesse dado a resposta para todas as suas grandes questões filosóficas, voltava a dar aula.


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3 de maio de 2010

Desafio Literário 2010 - Maio: Chick-lit



- Simon foi dormir na casa do inseminador número dois... – ela disse com um ar de fastio. – Por isso eu não estava com pressa nenhuma de voltar para casa, para aquela cobertura vazia.

Para mim, era uma surpresa ouvi-la falar em solidão. Ou em qualquer outra emoção humana, diga-se de passagem. Observando-a melhor, achei-a especialmente pequena no terninho de sempre, amarfanhado depois de um longo dia de trabalho.
Como um ser humano se transforma em Vivian Grant?, perguntei a mim mesma. Seguramente, ela não havia nascido assim, tão cruel e tirânica. Afinal, tinha dois filhos. Filhos cujos dotes anatômicos ela costumava exultar aos quatro ventos, para quem se dispusesse a ouvi-la, mas filhos mesmo assim. Por um instante, vi em Vivian uma pessoa sozinha, perturbada, terrivelmente triste. Quase digna de dó.

Lembrei-me da resposta malcriada que eu havia dado a mamãe quando ela se ofereceu para fazer minha mala. Do pouco tempo que havia passado na companhia de Luke e Bea, tão gentis por terem me acompanhado até o Iowa. Da impaciência que havia sentido naquela manhã diante da água que não fervia nunca para o café. Dos séculos que haviam se passado desde minha última conversa com Mara. Fazia meses que eu não dava as caras na academia e que minhas refeições eram compradas ora por telefone, ora numa maquininha dessas de moeda. Descontando-se as noites de sono, eu não havia passado mais do que três horas com meu namorado desde minha mudança para o apartamento dele.

- Bem, eu preciso voltar ao trabalho. – disse Vivia, dando um desanimado tapinha no ar antes de seguir pelo corredor – Alguém tem de fazer as coisas acontecerem por aqui.

Virando o rosto, vi minha triste imagem refletida no computador: o corpo caído na cadeira, os cabelos presos de qualquer jeito num coque.

E então vi algo mais: a paisagem noturna de Manhattan, reluzente, viva e pulsante, que se estendia do outro lado da janela.

“Cinco meses”, prometi a mim mesma,
só mais cinco meses, e então volto à vida.


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1 de maio de 2010

Desafio Literário 2010 - Fevereiro: Conto de Fadas



- Dediquei minha vida ao estudo e ao pensamento, mas eles não me alimentaram – replicou o desconhecido. – Não quero ser ludibriado por uma pregação digna de Swedenborg, nem por seu amuleto oriental, nem pelos caridosos esforços que faz para reter-me num mundo onde minha existência é doravante impossível. Vejamos! – acrescentou, apertando o talismã, com a mão tremendo e olhando para o velho. – Quero um jantar regiamente esplêndido, um bacanal digno do século em que tudo, dizem, se aperfeiçoou! Que meus convivas sejam jovens, espirituosos, e sem preconceitos, alegres até a loucura! Que os vinhos se sucedam sempre mais incisivos, espumantes e capazes de nos embriagar por três dias! Que esta noite seja enfeitada de mulheres ardentes! Quero que a Orgia em delírio, rugindo, nos leve em seu carro de quatro cavalos para além dos limites do mundo e nos lance em praias desconhecidas: que as almas subam aos céus ou mergulhem na lama, que se elevem ou se rebaixem, pouco importa! Ordeno a esse poder sinistro que junte todas as alegrias numa só. Sim, tenho necessidade de juntar os prazeres do céu e da terra num último abraço para então morrer. Desejo também antigos cantos eróticos depois de beber, cantos que despertem os mortos, e beijos sem fim cujo clamor percorra Paris como um crepitar de incêndio, despertando os esposos e inspirando-lhes um ardor penetrante que rejuvenesça todos, mesmo os septuagenários!

Uma gargalhada saiu da boca do velhote; nos ouvidos do jovem enlouquecido, ela ressoou como um zumbido do inferno e o interrompeu tão despoticamente que ele se calou.

- Acredita – disse o comerciante – que meu chão vai abrir-se de repente para dar passagem a mesas suntuosamente servidas e convivas do outro mundo? Não, não, meu estouvado jovem. Você assinou o pacto, tudo está dito. Agora suas vontades serão escrupulosamente satisfeitas, mas à custa de sua vida. O círculo de seus dias, representado por essa pele, se contrairá conforme a força e o número de seus desejos, desde o mais pequeno até o mais exorbitante. O brâmane a quem devo esse talismã explicou-me outrora que haveria uma misteriosa concordância entre os destinos e os desejos do possuidor. Seu primeiro desejo é vulgar, eu poderia realizá-lo; mas deixo esse cuidado aos acontecimentos de sua nova existência. Afinal, queria morrer, não é mesmo? Pois bem, seu suicídio foi apenas adiado.


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Sobre

Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

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