17 de janeiro de 2010

De trabalho, concursos e mentes febris


Faz sete dias desde a última vez que escrevi no Coruja... Sete dias em que aconteceram um mundo de coisas.

Houve um terremoto no Rio Grande do Norte que foi sentido aqui no Recife. Eu só fiquei sabendo no dia seguinte, mas parece que assustou muita gente...

Houve um terremoto no Haiti que devastou um país já quase que completamente devastado... E, sobre isso, eu poderia escrever muito, mais creio que não existe muito mais para escrever que outros já não tenham escrito. Apela-se para fotos chocantes, repetem-se histórias lacrimosas em todos os noticiários - na CNN, embalada por canções tocantes - e todo mundo se pergunta "será esse o fim do mundo?".


Ontem fizemos uma limpa nos guarda-roupas aqui de casa para poder mandar doações. Procurem em suas cidades os postos que as têm recebido. O Haiti já precisava delas um bocado antes. Vamos ajudar o máximo possível enquanto somos capazes de lembrar.

Enquanto o mundo vai girando infinitamente sobre seu eixo imaginário, como vem girando muito antes de existirem homens para imaginarem eixos, e damos mais um passo a caminho do Apocalipse (virão os cavaleiros à cavalo? Ou aproveitarão as facilidades do mundo moderno e aparecerão... de motos? Ou mustangs?), a vida também continua.

E, bem, a minha esteve quase que completamente envolvida com (1) trabalhar, (2) trabalhar mais um pouco, (3) estudar para o concurso do Tribunal Regional Eleitoral e (4) responder e-mails (porque eu os respondo religiosamente todos os dias... deve ser uma das poucas coisas que eu não deixo de fazer a não ser que esteja encafifada em algum lugar onde não exista conexão).

Donde, exatamente, essas coisas me levaram? Bem, basicamente a uma (1) overdose de trabalho que culminou numa enxaqueca infeliz, que teve por conseqüência um humor dos diabos, (2) perda de tempo, uma vez que a prova do TRE provavelmente será anulada e eu terei de estudar tudo de novo para fazê-la de novo, (3) uma gripe forte, com direito a febre, garganta inflamada, ouvido doendo, nariz escorrendo e tudo o mais a que se tem direito.

O negócio da prova do TRE é que, ao que tudo indica, a prova vazou antes de ser aplicada. Estava a maior confusão hoje quando cheguei lá de tarde, um mundo de polícia na frente da secretaria e um mundo de gente reclamando.

Não sei como vai ser a coisa... mas, se não anularem a prova, vai ser um baita bafafá sobre fraude, corrupção e coisas do tipo.

Na verdade, a coisa foi desorganizada do começo ao fim... Eu estou particularmente fula da vida porque na cartão de inscrição pediam que chegássemos com uma hora de antecedência... meia hora antes da prova começar, os portões ainda estavam fechados... então, do nada, começa um temporal.

Eu estava sem guarda-chuva. Eu já estava meio gripada. Eu entrei para fazer prova pingando e minha roupa secou no corpo numa sala com ar-condicionado. Eu deveria estar surpresa por estar parecendo uma tuberculosa com pneumonia no momento?

É, acho que não...

Cheguei em casa e minha mãe já me entupiu de remédio. Então, estou escrevendo essas linhas sob efeito da febre, do antibiótico, do antiiflamatório, do remédio para náusea e do mel com propólis... e talvez de mais alguma substância não identificada que tenha entrado no meio do coquetel anti-gripal.

Peço então desculpas se não estiver fazendo sentido algum. No meu atual estado de delírio, achei que seria uma boa idéia escrever. Estou, nesse exato momento, fazendo o esqueleto de uma história de amor impossível entre duas famílias rivais - uma vampira e um lobisomem - com direito a criados zumbis, príncipes mumificados e um final trágico, com direito a estripamentos e caldeirões de prata cheios de óleo fervente.

Com sorte, eu desmaiarei babando sobre o teclado antes de realmente começar a escrever a história. Ou então vou dedicar o tempo que me resta acordada (mas não lúcida) a assistir o que eu conseguir encontrar de mais sem noção na TV.

Dou notícias quando estiver de volta ao mundo dos vivos. Até lá... vocês não precisam sentir falta de mim.


A Coruja


p.s.: eu gostaria de fazer um esclarecimento especial para a Clara que me mandou uma linda foto de uma coruja... estou fazendo uma coleção de fotos de coruja, porque, aparentemente, todo mundo que me conhece e vê uma foto de coruja simplesmente tem de mandá-las para mim.

Eu me pergunto se há algum significado oculto por trás desse fato... hummm...


Arquivado em

____________________________________

 

4 comentários:

  1. Pelo jeito você vai ser devorada por corujas, ou elas sejam enviadas do demônio que querem roubar sua alma.
    Talvez haja um planeta com corujas humanóides que irão te abduzir pra estudar biologia alienígena.
    Ou talvez seja só pq você assina como "A Coruja".
    Mas só quando descobrir o complô que estamos tramando contra você que poderá a entender esse motivo oculto.

    ResponderExcluir
  2. Oi!
    Não sentimos falta de você, que mentira...
    Eu olhei o blog todo dia, e acho que não fui a única...
    Beijos!

    ResponderExcluir
  3. Oi!
    Não sentimos falta de você, que mentira...
    Eu olhei o blog todo dia, e acho que não fui a única...
    Beijos!
    [2]

    ResponderExcluir
  4. Pois é, pessoal... Bem, se tudo der certo, em fevereiro conseguirei normalizar as postagens... realmente, esse mês foi um caos...

    ResponderExcluir

Sobre

Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

Cadastre seu email e receba a newsletter do blog

powered by TinyLetter

facebook

Arquivo do blog