23 de dezembro de 2009

E lá vem o bom velhinho de novo...




É sempre algo melancólico quando nos damos conta de que mais um ano está para terminar; não pela primeira vez (e nem pela última), nos perguntamos para onde foi o tempo, que de repente desapareceu, *puf*, sumiu, desvaneceu no ar e não volta mais.


Nem sempre percebemos o quanto o tempo é precioso, até porque não temos muito tempo para pensar no tempo... E, quando o fazemos, é apenas para lamentar que nosso dia não tenha 37 horas e que tudo o que tínhamos agendado não deu para fazer e acumulou-se para o dia seguinte, e no dia seguinte não vai dar tempo de novo, e isso se repetirá, e se repetirá e você nunca terá tempo sobrando, e...

Ok, pare um segundo agora. Respire fundo. Procure uma toalha. E, acima de tudo, não entre em pânico. Bem verdade, o tempo que perdemos não volta mais. Você não pode recuperá-lo, então, esqueça.

Hoje, em vez de se preocupar com timelines e prazos fatais, aproveite para passar seu tempo fazendo coisas que você goste. E, atenção, pois deve fazer uma coisa de cada vez. Nada de ligar o módulo “Bombril: mil e uma utilidades”.

Deite-se no sofá mais confortável da sua casa, coloque os pés para cima e passe uma hora escutando aquele seu cantor favorito – e cantando junto enquanto balança os pés no ar (quem sabe até não dar uma de doido e começar a dançar sozinho na sala?).

Ligue para aquele seu amigo que você não vê desde que se formou. Combinem de tomar uma, relembrar aqueles tempos saudosos (os quais, na época, você só queria que acabasse) – e, quando uma se tornar todas, beije a cabeça (a essa altura, careca) do seu colega e declare que o ama.

É verdade, o tempo não volta. Mas ficam as lembranças e fica a saudade; pequenos mementos e fotografias, a memória de lágrimas ou risos... afinal, do que mais é feita a vida se não de momentos?

Livre-se da gravata. Dê férias aos saltos altos. Vá dar uma caminhada, ler um livro que não tenha absolutamente nada a ver com seu trabalho ou estudo; assista ao nascer ou ao pôr do sol (se possível, aos dois) – pratique, enfim, todos os clichês, mesmo os mais ridículos. Eles não teriam se tornado clichês se não houvesse algo de bom neles.

Diga ‘eu te amo’ para as pessoas com quem você se importa. E faça grandes planos a longo, longuíssimo prazo – mesmo que eles sejam impossíveis.

Tire um dia para sonhar. Limpe o armário e doe suas roupas velhas. Deixe tudo para tomar sol na véspera do ano novo. Esqueça a dieta.

E, quando a virada chegar, pense, não pela primeira vez (e nem pela última) em tudo o que quer fazer com seu tempo. Naquilo que realmente vale à pena fazer com ele. Tudo o que vale realmente recordar.

Feliz 2010, pessoal! E lá vamos nós de novo...



A Coruja


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5 comentários:

  1. Vai ser um verdadeiro beber, cair, levantar (alguém ainda se lembra dessa música?) e, acrescentando comer, dormir e acordar.
    Beijos.

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  2. Olha só, segui sem saber um conselho seu: fiz faxina nos armários hoje o dia todo, e me surpreendi com o quanto de coisas eu guardava sem usar!

    E olhe que eu sou adepta constante dessa prática, mas ainda assim teve coisa pra ir embora...

    Espero, antes de voltar a trabalhar, tirar um dia para assistir a BBC Collection que você me mandou... e rever North & South, claro! ^^

    Beijocas! E eu digo sem precisar beber: Lulu, eu te amo! XD

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  3. Aewwwwwwwwwww!!!! Voltei de viagem!!!! BBC Collection!!! Beber, cair e levantar!!!

    Mais tarde eu volto com as aventuras de Lulu em Mirandiba!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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