18 de junho de 2009

Aproveitando a deixa...

Caramba, eu mal acredito que perdi a hora dormindo hoje... Sabe quanto tempo faz que eu não simplesmente apago, em vez de pegar o pinga-pinga do sono, acordando de hora em hora?

Bem, sendo absolutamente sincera, eu não faço idéia.

Claro que isso não significa que eu dormi até meio-dia... Eu abri um olho de oito e vinte e vi o relógio. Fechei o olho de novo. E, no minuto seguinte, estava pulando da cama como um canguru, porque lembrei que tinha marcado de me encontrar com a Ana para escrever.

Mas tudo bem, cá estamos agora, vamos ao trabalho. Prometi ontem que falaria um pouco do que está me passando pela cabeça para a nova história, então, vamos ver o que posso contar sem entregar completamente a história.

Creio que já devem ter percebido que sou uma fã de literatura fantástica. Considerando o que normalmente escrevo e o que tenho sugerido como leitura, é uma dedução até bastante óbvia.

O que alguns de vocês não sabem, contudo, é que comecei minha "carreira" de escritora por volta dos doze, treze anos, com histórias de detetive em que todo mundo morria ao final e todos os personagens não eram simplesmente baseados nas pessoas com quem eu convivia - eles eram as pessoas com quem eu convivia. Aliás, a personagem principal (que também morria e depois voltava do além para continuar resolvendo casos) era eu mesma.

Essa foi a minha fase Agatha Christie. Eu devorava todos os livros dela gulosamente, idolatrava Hercule Poirot e minha mãe não conseguia entender como é que eu colocava tanto sangue nas histórias. Particularmente, eu também não entendo. Mas, tudo bem, isso foi muito tempo atrás.

Não deixei de gostar de Agatha Christie. Continuo preferindo Poirot a Sherlock Holmes - Sherlock pode ser o detetive dos detetives, mas eu prefiro a ironia e completa falta de modéstia do Poirot. Pense num carinha que se acha...

Assim, quando estava flertando com a idéia de escrever uma nova história, decidi voltar as origens. Só que, sem o enredo por demais bizarro e sanguinolento. E, claro, sem Lulu como fantasma-detetive pairando por aí.

Em vez da Lulu, investi num personagem principal masculino - uma raridade nas minhas histórias, já que sempre prefiro, até por conveniência, enfatizar a figura feminina nelas - na faixa dos 35, 40 anos, outra raridade, pois meus personagens principais são usualmente bem mais jovens; e viúvo.

Assim é que entra em cena Thomas Gilliam, agente britânico da INTERPOL, um típico lobo solitário, meio amargurado pela perda da esposa, mergulhando no trabalho para não ter que pensar na casa vazia.

Ou, ao menos, é assim no começo da história. Thomas vai conhecer algumas pessoas ao longo da ação, que envolve uma série de roubos de obras de arte e as coisas ficaram bastante interessantes.

Não posso dizer muito mais que isso para não entregar o plot, como já disse antes. Talvez demore um pouco para que eu comece a escrever, já que estou às voltas com a pesquisa para criar o background de Thomas e do resto da equipe com quem ele trabalha, mas, à medida que for escrevendo, irei postando e comentando aqui.

Por hora, é isso. Talvez eu volte mais tarde com mais alguma coisa, se não, nos vemos amanhã, com certeza.

A Coruja


Arquivado em

____________________________________

 

4 comentários:

  1. Pois é... eu não entendo pq uma pessoa que gosta de tanto sangue em suas histórias ficou tão oO com Hellsing. :P

    Vai entender... XD

    O Thomas me lembrou um pouco a versão do Lupin do arco MdL, NdJ e SS, especialmente em SS, depois da morte da Héstia. Fiquei curiosa. XD

    Ah, a senhorita já leu o Raffles?

    ResponderExcluir
  2. Tive uma fase dessas de detectives aos onzes anos, com a diferença que eu nessa altura não escrevia. Apesar de tudo, eu gostava do Sherlock (e aí vem a outra diferença, eu por mim prefiro-o ao Poirot... vá-se lá saber).

    E também tinha uma certa tendência para imaginar esse tipo de cenas de ressurreição, coisa que ainda não mudou, e penso que faz de mim uma péssima escritora.

    Seu novo projecto parece ser interessante. E diferente.

    ResponderExcluir
  3. Eu sempre gostei mais do Poirot do que do Holmes, também. Mas nunca consegui levar uma história de detetive até o fim. Sua ideia foi muito legal!

    ResponderExcluir
  4. Olá Lulu,tava colocando a leitura do seu blog em dia quando me deparei com esse post e o posterior desse. Este novo projeto parece muito interessante, ficarei figiando de longe aguardando algum material para degustação. Quanto alguma sugestão televisiva, posso indicar para você dois filmes que acredito serem de alguma ajuda para este seu novo projeto. Assista ao "Enigma da Pirâmide" filme de Steven Spilberg sobre as aventuras do jovem Sherlock Holmes, e finalmente me remetendo a Thomas, assista "Thomas Crown a arte do crime" com Pierce Brosnam e Renne Russo. Ambos são ótimos filmes e acredito que se pelo menos não ajudarem em algo, garanto que serão de ótimo entretenimento^^

    ResponderExcluir

Sobre

Livros, viagens, filosofia de botequim e causos da carochinha: o Coruja em Teto de Zinco Quente foi criado para ser um depósito de ideias, opiniões, debates e resmungos sobre a vida, o universo e tudo o mais. Para saber mais, clique aqui.

Cadastre seu email e receba a newsletter do blog

powered by TinyLetter

facebook

Arquivo do blog