12 de maio de 2009

Por Dentro da Cabeça da Autora: Marauders - Parte I

Antes de mais nada... calma lá, Hipnos! Eu estava falando sobre minha carreira como escritora de fics, FANFICS, não histórias originais. Vai chegar a vez delas, não se preocupe... e a sua vez também. *insira aqui uma risada maligna*

Em segundo, para a Cathy. Bem, fazer uma lista dos meus personagens é uma coisa complicada, porque eu creio que há mais personagens na minha cabeça do que tios na minha família (e isso é dizer alguma coisa; minha família é enorme). Mas eu vou falar um pouco sobre cada um deles aos longos dos artigos dessa coluna e, ao final, possivelmente poderemos montar a lista. Além disso, colocarei o link para cada história que citar aqui também, então, você terá acesso a bem mais que a Mina.

Pois bem... eu disse no artigo passado que comecei minha carreira de ficwriter depois de ter passado no vestibular. Foi quando fiz minha inscrição no Fanfiction.net. Mas as idéias para as histórias que eu viria a publicar ali vieram bem antes.

Ganhei meu primeiro livro de Harry Potter de aniversário do meu professor de geometria, se não me engano, na oitava série. Detestava profundamente geometria, mas adorava o professor Severino, com quem costumava manter longos diálogos sobre História, literatura, mitologia e filosofia.

HP era uma febre na época e o terceiro livro da série tinha recém-saído no Brasil. O primeiro livro não me empolgou muito, mas foi o suficiente para que eu fosse atrás do segundo e depois, do terceiro.

Foi depois que li O Prisioneiro de Azkaban que realmente caí de amores pela história. Se eu fosse a Rowling, só teria escrito PdA. O resto... bem, não vou fazer minhas críticas aqui ao Relíquias Mortais porque, realmente... esse não é o objetivo do artigo. Outro dia, quem sabe.

Em todo caso... foi em PdA que nasceu minha vontade de escrever a saga de Hades (nada a ver com Cavaleiros do Zodíaco, por favor). Ali estavam Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew, junto com todo um background às escuras. Todos eram personagens que tinham grandes possibilidades - um renegado pela família, um renegado pela sociedade, um traidor e uma grande amizade. Não havia nada preto no branco, mas muitas matizes de cinza e uma série de perguntas em aberto.

O quinto livro, Ordem da Fênix foi lançado no ano em que fiz vestibular - eu o ganhei de natal. Aliás, ele é, da coleção, o último que tenho; os dois livros seguintes li pela internet e, por desgosto, não os comprei.

Esse livro continha uma cena em flashback que colocou mais lenha na fogueira na minha vontade de escrever - a famosa cena da penseira, em que Harry descobre que seu pai não era o herói que ele acreditava ser; que seu padrinho não era tão legal quanto ele achava, que eles podiam ser bastante cruéis e arrogantes quando queriam.

Não vou dizer que a saga de Harry Potter desvenda grandes mistérios da natureza humana ou coisa do tipo. Isso está mais para Tolkien e Lewis, que eram chegados a uma certa metafísica (falamos sobre eles outro dia). Contudo, foi uma grande sacada da autora, porque ela humanizou os personagens; não é porque eles estavam do lado "do bem" que eram perfeitos, tinham também suas falhas, seus defeitos.

A essa época, eu já tinha na minha cabeça a idéia principal de Hades. Tudo girava, na verdade, em torno de um único fato: a maldição Thanatus.

Thanatus, na mitologia grega, é um deus da morte, filho de Érebo e da Noite (e, pela quantidade de nomes de deidades gregas, vocês já devem saber de onde tirei grande parte da minha inspiração). Essa maldição é criação minha, mas creio que se for buscar nos recessos da minha memória, encontrarei como inspiração dela o poder da Vampira em X-Men e uma certa mutação genética da personagem de Jessica Alba numa série antiga que não consigo me lembrar o nome agora.

A pessoa amaldiçoada pela Thanatus ficaria totalmente privada de contato humano - se tocasse alguém, mataria o outro indivíduo.

Trágico, não?

Pois bem... as primeiras cenas que escrevi da história, antes mesmo de me sentar para fazer o rascunho das fichas dos personagens (jogava RPG na época, todo personagem meu ganhava uma ficha de background e características detalhadas antes de ir para a história propriamente dita - até hoje tenho esse costume), foram as que tinham relação direta com a maldição e que seriam o ápice de Hades: às portas do inferno.

Só que eu não podia jogar a Thanatus e minhas várias teorias sobre magia em cima dos leitores sem uma preparação, uma explicação, uma sólida base. Foi apenas por isso que escrevi os 33 capítulos de Hades: a última guardiã. Pura enrolação, se me permitem a sinceridade, embora eu tenha me divertido em escrever todas as intrigas amorosas dessa história.

Foi com Hades que fiquei conhecida no ff. e no fandom, tendo, inclusive, ganhado alguns prêmios do Aliança Três Vassouras - um dos principais sites brasileiros de fanfics. Além dos dois já citados, a saga épica (somadas só as três partes principais, são mais de oitenta capítulos) contava ainda com um especial de songfics Fragmentos, as one-shots Os bruxos estão à solta e Devaneios, o spin-off Castelos de Areia e, fechando a trilogia, Doze Anos.

Mas esse, claro, era só o começo do meu plano de dominação mundial. Hades foi o primeiro passo. O passo decisivo viria a seguir, com a entrada da Silverghost no gênero da comédia e a participação mais que especial de algumas personalidades reais nas histórias...

continua...

A Coruja


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2 comentários:

  1. Se me permite dizer, acho que concordo com a maioria aí escrita. Prisioneiro de Azkaban foi o primeiro livro que li, depois Câmara dos Segredos e os restantes (eu sou um espectáculo, comecei do fim para o início). Quando fizer as críticas ao último livro, avise, porque eu sempre quero saber se sou a única a achar o livro... bem... como eu acho que ele é.

    Eu, infelizmente, conheci primeiro o Expresso, mas ainda acho que Hades foi uma das suas melhores fanfics, senão a melhor.

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  2. O seriado que Jessica Alba fez foi Dark Angel.

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